Quem sou eu

Sou simplesmente reflexo do que penso. Meu nome ou sobrenome não importam. Você me conhecerá pelas minhas palavras. Talvez me conhecerá mais do que aqueles que sabem meu RG completo e minha história de vida. Venha, compartilhe comigo esses devaneios... Hoje, para você e para mim, são simplesmente meus pensamentos desconexos que nos conectarão

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Medo e consolo na velhice

A frase abaixo traduz meu desejo mais ardente sobre o qual me esforço: não me arrepender, na velhice, de não ter tentado...

"Não há consolo mais refinado na velhice do que a sensação de ter concentrado toda a força de nossa juventude em obras que jamais envelhecerão" (Schopenhauer)

Ela é atrubuída a Schopenhauer e, imediatamente quando a li, senti que ele capturou meus pensamentos!

Tenho medo de não ter tentado realizar grandes obras.
Tenho medo de não conseguir realizá-las.
Tenho medo de não deixar nada para a posteridade.
Tenho medo de não ser lembrada em gerações futuras.

Algumas pessoas mencionam que seus filhos são suas posteridades. Concordo e aceito, mas gostaria que minha posteridade fosse muito mais além.

Gostaria de ser lembrada por minhas realizações, pelo meu carater, pela minha biografia, pela minha bibliografia, pelos meus prêmios, pelos meus projetos, pela minha contribuição, mesmo que pequena, na ciência e na tecnologia.

Será que é pedir muito? Será que deveria me contentar a gerar uma vida para que ela e seus descendentes lembrem-se de uma velha foto na prateleira?

Estou me esforçando para mais. Ora sinto-me uma fortaleza, um ser imortal intelectualmente. Ora me sinto um grão de areia sob os pés do mundo.

Um saudoso amigo, psiquiatra e professor, que hoje não está mais aqui conosco nessa batalha, talvez tivesse uma explicação e uma fórmula para meu consolo, como Schopenhauer coseguiu a dele, e de quem, esse amigo, era seguidor e fã.

Talvez esse blog seja uma tentativa. Talvez, no futuro, ele se torne memorável.

Quem sabe? Estou tentando conseguir meu consolo na velhice também! O tempo futuro dirá!

Que venha o tempo da velhice...

segunda-feira, 20 de junho de 2011

"Paper Cuts": ...

"Paper Cuts": very interesting

A morte que acompanha nosso envelhecimento

Talvez já tenha escrito sobre isso, talvez você pense que sou deprimida ou algo assim, mas isso não é verdade, sou, na realidade, muito alegre.

Já ouvi uma frase verdadeira que disse que podemos saber se estamos envelhecendo pela quantidade de pessoas conhecidas já falecidas que contabilizamos....

Embora bizarra é a mais pura verdade. Não me lembro de ouvir tantas notícias de falecimentos de conhecidos quando era menina, chego a afirmar que até mesmo por volta de meus 17, 20 anos, não tenho memórias sobre isso.

Agora, décadas mais tarde, os obituários não são mais de desconhecidos, são ex-vizinhos, pais de amigos, amigos de amigos, tios, primos distantes....

Sinto o tempo se esvaindo, sinto a urgência de concretizar sonhos, sinto necessidade de decidir rumos, trilhas, caminhos....

A funesta contabilidade só tende a crescer. A "senhora da foice" nos acompanha espreitando-se por entre as cercas, casas, ruas, avenidas...

Quero poder olhá-la nos olhos, quando chegar o derradeiro encontro, e ter o orgulho de uma história bem contada, de dizer-lhe que minhas memórias irão se perpetuar nas memórias de outros...

Ode a DBS

Pode parecer um assunto estranho mas hoje quero falar sobre um mal que me atinge desde criança: a Dor de Barriga Súbita ou DBS, como eu a batizei!
Pois é, muito já se falou sobre ela mas sempre de forma codificada ou "sigilosa". Teorias complexas foram levantadas como a da relatividade do tempo entre o lá e cá da porta de um banheiro, frases como "o rei em seu trono", também a traduzida para os pequenos "número 1 ou número 2", comentários tecnológicos: "passar um fax" (nos idos tempos desta hoje obsoleta máquina) e apologias à guerra como "torpedos" ou "submarinos".
Outro dia uma frase muito interessante de um pai para seu filho me emocionou: "diz tchau para seu coco". Achei tão meiga e ao mesmo tempo tão triste a despedida....
Da sacralidade do banheiro, que sou devota, às tecnologias de ponta japonesas, sim, ele é um local especial!
Não há raça, etnia, credo, inteligência, títulos, prêmio Nobel, Pulitzer ou Oscar que resita!
Todos somos iguais perante a DBS ou ao "chamado da natureza"...
Então me pergunto: "mesmo assim, sucumbidos ao profundo apelo fisiológico, alguns ainda se acham acima do bem e do mal, como? se esses mesmos seres supremos não estão acima da mais tímida DBS???"
Ela é soberana e vitoriosa, sempre! Com seu poder "babalite" ela está acima da "força".
Que ela seja usada então para o bem, como eu agora meditando e escrevendo essas .... entregue a minha DBS rotineira...
Seja bem vinda, DBS, entrego-me a ti!